24/10/2007
INTRODUÇÃO
Hoje sabemos que a ciência tem respostas para esses fenômenos.
Portanto, como cidadãos, temos que ter em mente que não adianta nos revoltarmos contra “os deuses do universo” se as chuvas de verão inundam as avenidas, entram nas casas, desabrigam famílias, levam automóveis em enchentes... nem tampouco, quando o calor do verão no trânsito se torna tão insuportável, ou quando ouvimos que a estiagem vai se prolongar a ponto de haver racionamento de água... Hoje sabemos que somos os responsáveis pela reação da natureza, que dá sua resposta ao nosso comportamento. O aumento populacional associado à exploração dos recursos naturais de modo indiscriminado demonstra que o Homem continua achando que estes recursos são indefinidamente renováveis.
Entretanto, embora os alertas sejam diários e recorrentes: notícias sobre o nível de aquecimento global, poluição, inundações, incêndios em grandes áreas florestais, tufões, ciclones... entre outros, e hoje mais que nunca cientes da catástrofe que se aproxima, sabemos que nossas intervenções para impedi-la ainda são mínimas.
Vamos, portanto, fazer nossa parte.
A idéia desta proposta, que visa ressaltar os potenciais paisagísticos do local, introduzindo espécies nativas que se adaptam perfeitamente às condições de clima, solo e relevo, é também cumprir nosso papel de conscientização e mobilização para melhoria do ambiente em que vivemos.
Nesse sentido, vale dizer que priorizamos espécies que se encontram em risco de extinção, como o Baguaçu, e optamos por espécies nativas que:
1. contribuam para a recomposição da flora original, ou que sejam compatíveis com a biodiversidade local;
2. atraiam polinizadores, como as abelhas e besouros, e dispersores de sementes, através de aves migratórias e nativas;
3. agreguem valor ornamental, através do seu formato e floração.
As espécies escolhidas foram determinadas de acordo com a localização, função estética e ecológica, a saber:
1. O arbusto (Petúnia) para emoldurar o trajeto;
2. A trepadeira (Cipó-de-são-joão) para recobrir a estrutura da passarela;
3. Na arborização dos canteiros ao longo da Freeway e da Av. Voluntários da Pátria, a escolha recaiu sobre espécies nativas e em extinção (Baguaçu e Corticeira), levando em conta a floração, a cor, época de floração e compatibilidade com o ecossistema.
A seguir estão dispostas fotografias da Passarela e da Avenida em duas situações: como se encontram atualmente e como devem ficar após a intervenção paisagística:
Apresentação das espécies utilizadas
Nome popular: Cipó-de-são-joão
Nome científico: Pyrostegia venusta
Família: Bignoniaceae
Descrição: trepadeira semi-lenhosa perene, nativa do Brasil, que atinge 10 metros de altura. É uma planta rústica e muito vigorosa. Flores tubulares numerosas, longas e alaranjadas no inverno, quando se destacam na vegetação.
O cipó-de-são-joão será plantado ao redor dos pilares da passarela de pedestres. Uma vez adulta, a planta cobrirá a passarela, causando um impacto visual único aos que trafegam pela Freeway.
Nome científico: Petunia axillaris
Família: Solanaceae
Descrição: Herbácea perene, reclinada, ramificada, de 40 a 60cm de altura, nativa do Brasil, Argentina e Uruguai. Flores solitárias, perfumadas à noite, brancas na espécie típica, formadas no verão.
Apresentação das espécies utilizadas
Ecologia/Fenologia: Planta heliófita, característica das planícies aluviais ao longo de rios e várzeas úmidas, floresce de agosto a dezembro, e a frutificação ocorre de julho a dezembro. Baguaçus são polinizados por besouros e suas sementes são consumidas por aves como o sabiá.
Os baguaçus serão plantados ao longo da Av. Voluntários da Pátria, em espaçamento de 8 metros, intercalados com as corticeiras, já que bosques homogêneos resultam num sistema biológico instável e vulnerável à pragas e doenças. Como mudas grandes apresentam maior probabilidade de sobrevivência e chegam mais rapidamente a um porte que as diferencia na paisagem, utilizaremos mudas de pelo menos 2 metros de altura.
20/10/2007
Créditos
14/10/2007
O PROJETO
Como árvores, pretendemos utilizar a Corticeira-do-Banhado e o Baguaçu, espécies da Mata Atlântica típicas de ambientes úmidos. Como plantas ornamentais, utilizaremos variedades de Petunia, flor nativa do estado do RS, de variedades cujas cores combinem com as cores das flores vermelhas da corticeira e brancas do Baguaçu.
Os pilares da ponte sobre o Guaíba serão recobertos com cipó-de-são joão, cuja cor alaranjada destaca-se no outono.
23/07/2007
Design estratégico
14/07/2007
Nova York vai plantar 1 milhão de árvores até 2017
O "Programa da Árvore" é uma das 127 propostas para o meio ambiente que o prefeito Michael Bloomberg anunciou neste domingo durante a cerimônia de comemoração do Dia Mundial da Terra em Nova York, realizada no Museu de História da Natural.
A administração de Bloomberg está trabalhando há mais de um ano com um conjunto de idéias. Entre elas está o controverso plano de cobrar uma taxa extra dos motoristas que quiserem transitar em certas áreas da ilha de Manhattan. O objetivo de diminuir os congestionamentos e a poluição.
Bloomberg, que governa a cidade até o final de 2009, tem como meta reduzir as emissões de carbono de Nova York em 30% nas duas próximas décadas. Ele disse que nesse período a cidade deve ganhar mais um milhão de habitantes - subindo para 8,2 milhões de pessoas - e que por isso há necessidade de planejar questões ligadas à infraestrutura e ao meio ambiente.
Nos próximos dez anos, a prefeitura vai plantar 23 mil árvores por ano nas ruas da cidade. Segundo os administradores, assim será cumprida a meta de "ter uma árvore em cada lugar onde é possível plantar uma árvore". Hoje, Nova York tem 5,2 milhões de árvores.
AP
SUGESTÃO PARA LEITURA
http://arruda.rits.org.br/oeco/servlet/newstorm.ns.presentation.NavigationServlet?publicationCode=6&pageCode=77&textCode=21627&date=currentDate&contentType=html
INSTALAÇÕES VEGETAIS
Em suas instalações, Monika Naumann prioriza espécies nativas que raramente são utilizadas em arborização urbana, por serem pouco conhecidas e por ser difícil obter sementes ou mudas.
Para conseguir coletar sementes de algumas dessas raras “Monalisas vegetais”, é necessário que pessoas com a disposição de um “Indiana Jones” se disponham a colhê-las em locais remotos e de difícil acesso. Além disso, os locais de coleta devem variar, para que haja a necessária variabilidade genética. Por essa razão, o processo torna-se caro e apenas uma pequena variedade de espécies acaba sendo utilizada. Exemplos de dificuldades:
1) “Árvores-mãe” ideais muitas vezes são encontradas apenas em barrancas de rios ou em outros locais íngremes e de difícil acesso, já que as florestas que existiam em locais planos e próximas a grandes centros urbanos normalmente já foram transformadas em culturas agrícolas;
2) A época adequada para a coleta de sementes varia de espécie para espécie. Em determinados anos, as condições ambientais desfavoráveis fazem com que algumas espécies nem cheguem a produzir sementes;
3) Há muitos casos em que poucas sementes de um lote germinam;
4) É necessário tratar as mudas durante 2 anos ou mais, até que estejam suficientemente grandes e fortes para serem plantadas em local público;
5) Após a escolha do local definitivo para o plantio, o que é feito somente após muitas observações em diferentes dias e horários, as mudas ainda necessitarão ser protegidas das roçadeiras que fazem o corte da grama, de formigas e mesmo de depredações. Os tutores precisarão ser trocados após algum tempo, para evitar que tombem e quebrem a muda.
É por isso que a execução e posterior manutenção destas instalações vegetais é uma atividade artesanal, com custos diferenciados e equivalentes a uma "obra prima". As mudas são muito caras e muitas vezes precisam ser trazidas de outros estados.
O resultado prático das "instalações vegetais" é:
1) Propiciar a preservação de espécies nativas raras, uma vez que, quando adultas, produzirão sementes que poderão ser utilizadas para arborização em escala mais ampla;
2) Assegurar a variabilidade genética pelo fomento da reprodução dos exemplares ainda existentes;
3) Proporcionar alimentação à fauna;
4) Apoiar programas de educação ambiental, já que estando em áreas urbanas públicas, serão vistas por um amplo e variado público. Os locais também poderão receber sinalização especial contendo informações sobre as espécies utilizadas e sobre a fauna que costuma ser atraída por cada espécie;
5) Embelezar e destacar os locais onde foram colocadas, transformando-os em “cartões postais”.
A importância deste novo movimento artístico-ambiental está em que ele se contrapõe à tendência da
- utilização de espécies exóticas em projetos paisagísticos de locais privados, e
- utilização de meia dúzia de espécies arbóreas nativas em projetos paisagísticos de locais públicos, quando só no RS existem mais de 500 espécies nativas diferentes.
Assim, nosso objetivo é o de servir de contraponto à “indústria do verde”, que disponibiliza prioritariamente espécies não-nativas através de viveiros e lojas especializadas em jardinagem. O problema disto é que, como as áreas naturais estão diminuindo, a extinção das espécies vegetais nativas é questão de tempo. Muitos dos animais que se alimentam destas espécies, portanto, também desaparecerão. E os desequilíbrios daí resultantes afetam negativamente nossa saúde e nossa economia – por exemplo, pela necessidade do uso de “defensivos agrícolas” para combater espécies que se tornaram “pragas”. Assim, a utilização das espécies nativas que já se tornaram raras é vital para que não se percam. Aliás, o ambiente urbano também já se tornou refúgio para muitas aves que tradicionalmente habitavam florestas. E uma vez que estas espécies arbóreas mais raras cresçam, suas sementes poderão ser utilizadas em programas de arborização e recuperação ambiental.
Em suma, a intenção das instalações vegetais é a de reproduzir a obra-prima que é a nossa vegetação tropical, subvertendo a insustentável ordem vigente de uniformização e padronização das paisagens.
Muitas vezes o cidadão e o empresário perguntam: “mas o quê posso fazer contra a deterioração ambiental?” Bem, apoiar este projeto é uma das coisas a fazer.
09/07/2007
Diversão
http://youtube.com/watch?v=hOP1e4oi_tU&mode=related&search=
Então, vamos diminuir nosso consumo de carne?
07/07/2007
Localização do ESSA POA É BOA
A SUA OPINIÃO CONTA!
05/07/2007
Live Earth
O Live Earth marca o início de uma campanha liderada pela Aliança de Proteção do Clima (Alliance for Climate Protection) e outras organizações internacionais não-governamentais para estimular indivíduos, corporações e governos a ajudar a solucionar o problema do aquecimento global. O ex-presidente dos Estados Unidos Al Gore é presidente da Aliança e parceiro do evento.
A nave espacial Terra está ameaçada de desintegração pelo comportamento inconseqüente de sua tripulação humana. Desde seu início, a concepção do ESSA POA É BOA incluiu a abordagem da temática ambiental. A idéia é contribuir com a preservação do equilíbrio climático e da biodiversidade de uma forma artística, combinando cores e formas de diferentes espécies de árvores nativas, algumas inclusive raras e ameaçadas de extinção. Queremos que pessoas, empresas e órgãos públicos portoalegrenses se engajem nesta luta. Afinal, nossa sobrevivência social e econômica só será possível em condições ambientais equilibradas!
Avenida Farrapos
03/07/2007
Baguaçu
02/07/2007
Arborização em área de várzea
Corticeira-do-banhado, bela espécie arbórea que o ESSA POA É BOA quer reintroduzir no 4° Distrito
Em meados do século XX, a região era o “distrito industrial” de Porto Alegre. A instalação de fábricas ocorreu sem levar em consideração critérios paisagísticos e ambientais, e hoje o 4° Distrito reflete este padrão de urbanização. Uma das carências diz respeito à arborização urbana, e o ESSA POA É BOA resolveu sanar esta carência. Como a área é uma várzea, nosso projeto prioriza o plantio de espécies nativas deste tipo de ambiente. Queremos que as espécies originais desta região ocupem um lugar de destaque na rearborização, de modo que possam desempenhar seu papel na manutenção da biodiversidade, da temperatura e da filtragem do ar, bem como da absorção de água da chuva.
Monika Naumann.
03/06/2007
Planejamento Revitalização 4º Distrito
A cidade, local em que todos nós convivemos, é a nossa meta: conservação, revitalização e permanência deve ser o resultado de ações coletivas, também dos artistas que, devido as suas características próprias, podem ajudar a promover melhorias através da arte. ESSA POA É BOA tem o objetivo de destacar a ação dos artistas, empresários, intelectuais e da comunidade por uma cidade mais humana, mais qualificada e com maior consciência. Por isso a ênfase no título: "essa Porto Alegre que enquanto habitantes desejamos será o resultado desta ação coletiva e pró ativa; logo, Essa POA é boa.
Focos de ação:
Arte Urbana: inauguração de 12 obras públicas no bairro Navegantes/agenda de inauguração mensal/12 projetos âncoras (2008)
Redes de Cidades
Metrópolis
Trata-se de uma rede formada por 90 cidades e regiões com mais de 1 milhão de habitantes, criada em 1984, da qual São Paulo é membro ativo desde 2004. São Paulo assumiu, em dezembro passado, a Vice-Presidência da Secretaria Regional da América do Sul e Caribe.
METRÓPOLIS (Associação Mundial das Grandes Metrópoles)
Cidades e Governos Locais Unidos - CGLU
A CGLU é uma rede internacional de cidades e governos locais (municípios, estados, províncias, regiões, etc.) com sede
CGLU (Cidades e Governos Locais Unidos)
URB-AL Rede - 10
O Programa URB-AL é um projeto de cooperação destinado a cidades da Europa e da América Latina. Seu objetivo é melhorar as condições sócio-econômicas e de qualidade de vida da população, ao mesmo tempo em que se desenvolve uma associação de cidades.
A Rede 10 "Luta contra a Pobreza Urbana” foi um projeto coordenado pelo município de São Paulo entre 2002-2005, que contribui na formulação, elaboração e implementação de políticas públicas locais com o objetivo último de lutar contra a pobreza. Por meio do intercâmbio e de um trabalho horizontal e descentralizado, as cidades participantes tem acesso a novos enfoques de identificação quantitativa e qualitativa da pobreza urbana, através do Documento de Base e Documento Final, assim como a experiência em organização integrada para elaborar e implementar políticas voltadas à erradicação da pobreza, através dos projetos comuns aprovados e subvencionados pela Comissão Européia.
Programa URB-AL
Cidades Educadoras
A cidade de São Paulo acolherá, em abril de 2008, o X Congresso Internacional de Cidades Educadoras, cujo tema será "Construção de cidadania nas cidades multiculturais". Este congresso recebe cerca de 900 pessoas de todo o mundo, vindas, dentre outras, das 350 cidades associadas à rede da Associação Internacional de Cidades Educadoras.
Cidades Educadoras
União das Cidades Capitais Ibero-americanas - UCCI
A União das Cidades Capitais Ibero-americanas (UCCI), criada em 1982, se define como uma organização internacional de caráter municipal, não governamental e sem fins lucrativos. Sua função é fomentar os vínculos e favorecer as relações e intercâmbios em diferentes âmbitos entre grandes cidades ibero-americanas. A UCCI promove semestralmente o Programa de Formação Municipal em Madrid.
UCCI (União de cidades capitais Ibero-Americana)
Mercocidades
Mercocidades foi criada em 1995, na 1ª Reunião de Cúpula de Cidades do Mercosul
MERCOCIDADES (Rede de cidades do Mercosul)
Outros links:
ICLEI - (International Council of Local Environmental Initiatives)
IT4ALL - (Rede de Autoridades Locais para Sociedade da Informação)
Fonte:
http://portal.prefeitura.sp.gov.br/secretarias/relacoes_internacionais/cooperacao/0003
ESSA POA É BOA - REUNIÃO COM A SUPERVISÃO DE DESENVOLVIMENTO URBANO/PMPA
Na sexta-feira, dia 1º de junho foi realizada a reunião com o grupo que compõe a Supervisão de Desenvolvimento Urbano-SDU/PMPA, sob a coordenação de Miriam Maciel Echel e com a participação de Maria Tereza Fortini Albano e Hermes de Assis Puricelli. O resumo da reunião indica que uniremos forças em prol da Revitalização do 4º Distrito. Principalmente, porque o SDU tem como objetivo mais amplo a criação da mentalidade de cidade integrada, ou seja, viabilizando parcerias, articulando forças das diferentes secretarias com o público em geral, visando articular ações visíveis: arborização, calçamento, etc.
Neste sentido o movimento Essa Poa é Boa planeja um duplo desdobramento: em primeiro lugar apoiar a ação prevista pela SAC, trabalhando pela revitalização da porta de entrada/saída da cidade, ou seja, a ponte , a igreja Navegantes e Sertório. E, por outro lado trabalhará a possibilidade de adoção da nova avenida, continuação Voluntários da Pátria, sendo esta subsidiada pelas empresas locais (que é o entorno da ponte e também entrada e saída da cidade).
Outro assunto abordado está relacionado à participação no Congresso Internacional de Cidades, no qual a Prefeitura Porto Alegre também está engajada e acontecerá em abril de 2008, sediado pela cidade de São Paulo. (veja notícias a seguir)